Nos Estados Unidos, um estudo sobre a geração dos “milenares”, correspondente aos que nasceram entre 1980 e 2000 feito pelo Goldman Sachs indica quais as tendências financeiras para o futuro a partir dos hábitos que possuem, além de quais os aspectos da vida pessoal que possuem.

Chama atenção, principalmente, o fato de que 33% dos jovens entrevistados acreditarem que não precisarão de um banco em um período de cinco anos. Segundo o Goldman Sachs, a causa disso seria a forte crença no rompimento do sistema financeiro – os jovens não confiam nos bancos.

Até mesmo os “milenares” donos de pequenos negócios, 14% deles, começam a usar maneiras alternativas de financiamento que não envolvam bancos. Eles não apenas deixam de usar os bancos como 50% deles acreditam que as startups de tecnologia um dia substituirão os bancos.

Antes um sonho de consumo para todas as pessoas (e principalmente as mais jovens), o cartão de crédito já não é mais tão querido para eles: menos da metade dos entrevistados possui um, talvez por ganhar menos dinheiro do que as gerações anteriores e, assim, ficam menos propensos a gastar.

Eles também evitam comprar itens como carros, música e itens de luxo, dando preferência a serviços da chamada “economia compartilhada”, que não os torna donos de nenhum serviço, apenas permite o acesso sem a responsabilidade de ser dono.

A internet é um mecanismo de forte influência na maneira como os jovens compram e consomem: além de concentrar os serviços e produtos que procuram, 84% dos jovens afirma que “resenhas” e críticas da internet influenciam sua decisão de comprar ou não – e isso não somente se aplica ao consumo, como em praticamente tudo que circunda sua vida. A comparação de preços também é feita internet, por 57% dos entrevistados. Com tantas informações, a preferência é por marcas que ofereçam máxima conveniência pelo menor preço.

Para acentuar ainda mais a preferência por serviços digitais e tecnologia, apenas metade dos jovens acredita espera utilizar dinheiro em espécie em uma base semanal, já que todas as compras são concentradas na internet e feitas online.

Fonte: Infomoney por Júlia Miozzo