Faz mais de um ano que a nossa vida mudou – e continua mudando – por conta da pandemia do novo coronavírus. Mas, quando tudo isso finalmente passar, já parou para pensar como ficarão as empresas, as relações de trabalho e o comportamento dos consumidores no cenário pós-pandemia?

Será que vamos continuar trabalhando de casa? Continuaremos fazendo compras mais pela Internet? Comprar ou alugar? Seremos pessoas mais responsáveis, cuidadosas e preocupadas com a sustentabilidade?

Para nos ajudar a prever o que deve ficar e o que não deve continuar nesta nova realidade, vamos reunir na sequência deste artigo as principais pesquisas e estudos sobre o assunto. Assim, poderemos ter dados mais concretos para enxergarmos as tendências pós-Covid. 

Então vem com a gente e boa leitura! 

 

 

O digital é o “novo normal” das empresas

 

Se tem uma coisa que a quarentena e o lockdown ensinaram para o mundo dos negócios é que a Internet não é mais o futuro. É o presente. 

Com as várias medidas restritivas criadas para conter o avanço do coronavírus, o ambiente digital deixou de ser uma opção e se tornou sobrevivência para muitos empreendedores.

E isso não é apenas achismo da nossa parte não, viu?

Um estudo feito pelo Perfil do E-commerce Brasileiro revelou um dado que mostra bem essa migração das lojas físicas para o ambiente digital. Em 2019, as empresas de pequeno porte representavam 26,93% das lojas on-line. Hoje, esse número subiu para 48,06%. Muita coisa, né?!

Mas quando falamos em crescimento do uso da Internet há muito mais coisas a serem consideradas. Você verá, na sequência deste artigo, que as pessoas passaram a buscar nos aplicativos soluções para um consumo mais consciente, econômico e sustentável

O mercado de usados e o reaproveitamento de mercadorias ganharam força. A OLX, por exemplo, famosa plataforma deste segmento, registrou um aumento de 26% nas negociações durante o ano de 2020.

O mesmo aconteceu com o mercado de automóveis seminovos e usados, que experimentou, em dezembro de 2020, crescimento de 23,6%.

Para completar, dados da empresa de estatísticas GlobalData, divulgados em relatório da ThredUp, mostraram que o mercado de produtos de “segunda mão” deve superar o de produtos novos já no ano de 2024.

 

Os novos padrões de consumo

 

Não foram apenas os empresários que passaram a utilizar mais os recursos digitais. O consumo de redes sociais, ferramentas de streaming e uso de aplicativos aumentaram bastante durante o isolamento social.

Aliás, quem é que não precisou usar um aplicativo para pedir comida ou pagar as contas pelo app do banco nesta pandemia, não é mesmo?

Para você ter uma ideia, o Brasil tem hoje mais de um aparelho celular por habitante. E se a gente analisar o crescimento do uso de aplicativos e da Internet diante do cenário da Covid-19, veremos que esse padrão de consumo é algo que vai continuar no pós-pandemia.

Quer um exemplo? O Globoplay, plataforma de streaming recém-lançada pela Globo, registrou uma alta de 145% no número de assinantes só no primeiro semestre de 2020 (é muita gente maratonando séries).

 

A Economia Compartilhada

 

Falamos logo acima sobre aplicativos e serviços de streaming. Eles são bons exemplos de economia compartilhada.

Em resumo, trata-se de um sistema social e econômico que valoriza o uso sob demanda. Sendo assim, ao invés de comprar algo que vai usar poucas vezes, você pode alugar, compartilhar ou reaproveitar bens e mercadorias, gerando economia e menos resíduos.

Por exemplo, você já reparou que os computadores modernos não estão vindo mais com leitor de CD e DVD?  Aliás, há quanto tempo você não usa o DVD Player da sua sala (se é que você ainda tem um)? 

É que com serviços de streaming como Netflix, YouTube e Spotify, perdeu sentido gastar dinheiro na compra de filmes ou álbuns de música em discos. Sem contar que, com menos gente comprando, são menos resíduos gerados para o meio ambiente (falaremos em seguida sobre sustentabilidade).

Com a pandemia, vimos que mais gente passou a usar esse tipo de serviço, e a tendência é que a economia compartilhada ganhe cada vez mais força.

 

Aplicativos de mobilidade urbana

 

Quer ver mais um exemplo de consumo colaborativo que já estamos experimentando? Os serviços de transporte como o Uber.

Para evitar uma possível contaminação devido à lotação do transporte público, várias pessoas estão preferindo usar os aplicativos de mobilidade. 

Há ainda os casos de quem vendeu o próprio carro por conta da crise e passou a utilizar o Uber ou alugar veículos, em ocasiões específicas, para economizar.

De acordo com pesquisa do Datafolha, os aplicativos de mobilidade ficaram em segundo lugar (35% dos entrevistados) como meio de locomoção mais seguro durante a pandemia, perdendo apenas para a bicicleta (38%).

Esse mesmo estudo revelou que, para 61% das pessoas ouvidas, o uso desse tipo de app irá aumentar com o tempo, reforçando a tendência que estamos falando.

Além disso, montadoras de automóveis famosas, como Fiat, Audi, Jeep, Renault e Volkswagen, já começaram a oferecer programas de carros por assinatura.

 

Trabalho remoto

 

Outra “novidade” que a quarentena trouxe para a realidade de muitas empresas e trabalhadores foi o home office.

Reparou que usamos aspas ali em cima? É que, na verdade, trabalhar de casa já era a realidade para alguns e sonho para outros. Uma pesquisa realizada pelo Buffer em 2019 publicou que 98% dos entrevistados de vários países gostariam de trabalhar remotamente pelo menos uma vez na vida.

Já no Brasil, temos o levantamento feito pela Alelo, ainda no cenário pré-pandemia. Ele mostra que 49% dos brasileiros empregados tinham o desejo de trabalhar de casa ou em qualquer outro lugar que não fosse o escritório da empresa.

 

O home office vai continuar no pós-pandemia?

 

No início, o regime de home office encontrava resistência por parte principalmente dos empregadores, já que muitos pensavam que os funcionários não conseguiriam ser produtivos em casa.

Mas, aqui entre nós. Perder horas no engarrafamento ou ônibus lotado para chegar ao trabalho também acaba com a produtividade – e humor – de qualquer um. Por falar nisso, 71% dos norte-americanos assumiram ficar mais felizes trabalhando em home office (dados da Owl Labs). 

E com a chegada da Covid-19, não teve jeito. Várias empresas acabaram forçadas a adotar o trabalho remoto e algumas gostaram bastante, viu? Inclusive, a tendência é que uma parte significativa delas continue usando esse modelo, mesmo no pós-pandemia.

Pelo menos é o que apontam os estudos feitos pela IBM e pela Fortinet. De acordo com o primeiro, 52% dos brasileiros querem continuar fazendo as atividades de forma remota ou indo apenas ocasionalmente ao escritório, e apenas 10% desejam voltar a trabalhar todos os dias na sede da empresa. 

Já o levantamento da Fortinet descobriu que 30% das empresas entrevistadas pretendem continuar com o home office, mesmo depois que a pandemia passar. Além disso, elas também planejam aumentar em 90% os investimentos em estrutura para o trabalho a distância dos funcionários.

E você, é da galera que arrumou uma cadeira para fazer tudo de casa ou da turma que não vê a hora de voltar para o escritório?

 

Coworking é mais uma alternativa

 

Os espaços de coworking, aqueles em que empresas diferentes alugam escritórios de um mesmo prédio, perderam um pouco de adesão neste momento, por conta das medidas restritivas da Covid-19.

Entretanto, no cenário pós-pandemia, devem novamente ganhar força. Não só pelo bom exemplo de economia compartilhada, mas também por permitirem um ótimo networking entre profissionais e reduzirem os custos para a corporação, que não precisa comprar um imóvel novo para funcionar.

Aliás, mesmo com a Covid-19, a procura por coworkings registrou alta no segundo semestre de 2020, quando ocorreu flexibilização da quarentena.

 

E o que isso tudo quer dizer?

 

São mais pessoas descobrindo que é possível consumir conteúdo, sejam músicas, filmes, livros e etc., sem precisar sair de casa ou gastar dinheiro comprando itens novos que serão utilizados poucas vezes.

Da mesma forma, perceberam a possibilidade de alugar um carro, um escritório ou outro tipo de mercadoria sem a necessidade de ter, efetivamente, a posse desses bens.

No final das contas, elas acabam economizando (oba!), consumindo menos e agindo com sustentabilidade.

A tendência, portanto, é que o consumo continue crescendo, mas de maneira mais consciente e sustentável, nas lojas virtuais e nos aplicativos de economia compartilhada e delivery.

Já para as empresas, o home office e o coworking são opções econômicas e produtivas para o cenário pós-pandemia.

Por falar nisso, hora de conversarmos sobre economia e sustentabilidade, assuntos bem em alta no momento.

 

Economia e Sustentabilidade

 

O contexto de uma pandemia global também criou nas pessoas um lado mais humano, de se preocupar com os outros e de querer saber o que está acontecendo nas demais regiões do mundo.

Esse apelo social trouxe à tona debates importantes, como o cuidado com a saúde e com o meio ambiente, a busca por soluções que nos ajudem a criar um futuro mais sustentável para as próximas gerações. 

A galera percebeu que é, sim, possível ir trabalhar de bicicleta para evitar aglomerações e, ao mesmo tempo, cuidar do planeta e da própria saúde. Com mais tempo em casa, também notaram que desligar as lâmpadas enquanto não estão em uso é algo sustentável não só para o meio ambiente, como para a conta de energia.

 

Poluir menos, economizar mais

 

Aliás, um outro fato que gerou ainda mais apelo para a ideia do consumo consciente foi justamente a questão econômica da pandemia.

Com empresas falindo e pessoas perdendo empregos, muita gente passou a se preocupar com o dinheiro e com temas relacionados à educação financeira. Passaram a comprar menos, gastar menos, reaproveitar materiais e peças usadas.

É a tal da economia compartilhada que citamos anteriormente…

Mais uma vez, as pesquisas comprovam isso que estamos falando. Um estudo da Globo publicou que 76% dos participantes afirmaram estar economizando diante do atual cenário. Da mesma maneira, 54% disseram que passaram a consumir apenas o essencial, de acordo com a Veja Insights.

 

Aloogie

 

 

O Aloogie é um aplicativo de economia compartilhada, e o consumo consciente é um dos seus pilares. 

Quase todo mundo resolveu fazer uma reforma na casa durante o período de pandemia, por exemplo, não é mesmo?

Mas para que comprar uma furadeira nova, e que você provavelmente vai usar pouquíssimas vezes, se pode alugá-la de alguém que já tem, economizando dinheiro e gerando menos resíduos para o meio ambiente?

Da mesma forma, se você tem um livro que já leu, por que não emprestá-lo para outra pessoa e receber por isso, compartilhando conhecimento e evitando o consumo desnecessário?

Dados da OLX revelaram que, em 2017, o reaproveitamento de produtos usados evitou a emissão de 5,7 milhões de toneladas de CO2 no planeta. É muita coisa!

Quer saber mais sobre a proposta da Aloogie? Clique aqui.

 

Novos negócios no pós-pandemia

 

Bem, depois de todas essas informações que acabamos de ver, devemos pensar: e quais são as tendências  de negócios para o pós-pandemia? Vamos lá:

 

Presença digital

 

Logo de cara, podemos afirmar que ter presença digital é e continuará sendo fundamental. Não adianta pensar que depois que a pandemia acabar as coisas voltarão a ser como eram antes.

Como vimos aqui no artigo, milhões de pessoas tiveram a primeira experiência com aplicativos de celular e outras aumentaram o uso de Internet. Além disso, elas afirmam que pretendem continuar utilizando serviços digitais, mesmo quando tudo isso passar.

Com a quarentena e o lockdown, muitas empresas migraram ou estão migrando para o ambiente digital, e a tendência é que esse movimento só aumente. 

 

Menos escritórios, mais liberdade

 

Evitar trânsito, lotação, ficar mais próximo da família e já estar em casa depois do expediente. Quem é que não gosta?

O home office é um modelo que agradou a muitas empresas e principalmente aos funcionários. 

Ao contrário do que se imaginava, trabalhar de casa, na maioria dos casos, aumentou a produtividade dos colaboradores, trouxe mais qualidade de vida e reduziu custos para o empregador.

Muitas empresas de sucesso já adotam o modelo híbrido, alternando entre home office e presencial, e essa é uma das tendências para negócios no pós-pandemia.

Outra ideia que deve ganhar adesão é o modelo de coworking, que vimos ser um bom exemplo de economia compartilhada.

 

Responsabilidade social e Sustentabilidade

 

Como dissemos, o caos mundial gerado pela Covid-19 fez com que as pessoas passassem a pensar mais no próximo, em especial os familiares, e cobrassem atitudes não só dos governantes, mas também das empresas.

O consumidor está cada vez mais consciente e não tolera que as organizações fiquem neutras diante de assuntos importantes. Eles querem ver atitudes, investimentos, ideias que cheguem para realmente melhorar a vida das pessoas.

Quanto mais humanizada e sustentável a empresa se apresentar, mais chances ela terá de ter sucesso no “novo normal”. Mas nada daquela coisa forçada, sabe? Precisa ser algo que o público veja claramente que faz parte da filosofia da marca.

Por último, vimos que as pessoas estão ficando cansadas dos exagerados apelos por consumo das marcas. Ao defender menos resíduos e o reaproveitamento de mercadorias, a economia compartilhada ganha cada vez mais adeptos. 

 

Ei, o que você achou desse texto?

 

Esperamos que este conteúdo tenha sido realmente relevante para você. Caso tenha gostado, você pode dar uma olhadinha nos outros artigos do nosso blog.
Contribuição: Aloogie.